Na história dos livros de colorir, mostrei como eles são bem mais antigos do que a gente pensa. Ao contrário, o álbum de fotografias, é muito mais recente.
Os primeiros álbuns fotográficos foram montados na década de 30 e 40, mas nem tinham a intenção de guardar memórias afetivas. Seu objetivo era guardar amostras de experimentos bem sucedidos. Os inventores catalogavam suas invenções através do álbum fotográfico.
Na década de 50, a fotografia evoluiu, num processo que não era adequado ao álbum. Mas em 1854, surgiu o pai dos cartões postais: o carte-de-visite, em Paris por Disdéri (1819-1899) e virou moda, pois seu processo era bem mais barato.
Um carte-de-visite é uma fotografia pequena impressa em albumina e montada individualmente em um papel rígido. Ele foi criado voltado para retratos, mas na época, era encomendado em múltiplas cópias e entregues pessoalmente em forma de cartões de visita ou enviados pelo correios por motivos sentimentais.
Quando os estúdios fotográficos começaram a oferecer cartes-de-visite de pessoas famosas, eles começaram a ser trocados no mundo inteiro como se fossem figurinhas, exigindo dos álbum uma modernização para a preservação das coleções.
Os álbuns então começaram a ser projetados como livros encadernados, com brechas para que os cartes-de-visite fossem exibidos e rearranjados de acordo com o gosto de cada colecionador e se tornaram uma febre na época.
Em 1860, os estúdios introduziram cartões maiores, chamados Cabinet. Os álbuns comerciais passaram a ter abertura em ambos os lados e eram oferecidos diversos acessórios como cantoneiras para segurar as fotos.
Com essas facilidades, os álbuns começaram a ser utilizados para diversos fins: recordações de família, registro de uma história, ou de uma viagem.
Os álbuns expansíveis fizeram sucesso durante séculos, e ainda vemos aqueles que nos remetem ao sistema criados para o carte-de-visite.
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